Pelo menos 32 pessoas morreram no massacre cometido, no passado sábado, por membros do chamado Exército de Resistência do Senhor (ERS) no campo de refugiados de Kitgum, no noroeste do Uganda, informou Sebhat Ayele, secretário do Fórum de Dirigentes Religiosos, citado pela Prensa Latina.
Segundo testemunhas, este massacre foi um dos piores registados desde que o ERS enveredou pela luta armada, em 1986, contra o governo de Kampala. Desde então, estima-se em cerca de 100 mil o número de pessoas mortas no conflito, na sua maioria mulheres, crianças e idosos. A situação agravou-se de tal modo a partir de 2002 que a população foi obrigada a fugir. O número de deslocados passou então de 800 mil para um milhão e 600 mil no presente.
O ERS, que sequestra crianças e adolescentes, obrigando-as às maiores atrocidades e sujeitando-as a escravatura sexual, diz pretender instaurar um regime baseado nos 10 mandamentos da Bíblia.